Nojenta corja de vampiro
Escarlate veste tua túnica
Lavada pelo sangue e suor dos humildes
Moedas devoradas como lavagem aos porcos
Arde, suspira, deteriora, definha e apodrece
Sob o túmulo da antiga glória
Assassinada pela incorruptível infância
Reina apenas sobre a pátria decaída
Nação de servos sem alma
Estandarte do teu poder infame
Ignora a verdade encravada em tua face imunda
Desfila tua máscara bela e branca
Encobre tua costurada faceta de dragão
Sussurra e esconde das folhas dos impressos
Grita e vomita o teu fogo de cólera
Rainha decadente das bestas
Agora quase nada podes fazer
Cria maldita dos antigos fósseis
Ainda atrai tolos desavisados
Degola e bebe o sangue
Arranca e devora a alma de tua funesta pátria.

Ciro Rafael, 13 de maio de 2009.