Há apenas o corpo estendido na sala
Os lírios e outras flores adornam o caixão
Já não há mais vida neste defunto
Esfriando e apodrecendo em meio à solidão
Onde para sempre permanecerá
Ao redor choram as suas muitas viúvas
Muitas desesperadas por não mais poderem sonhar
Os seus filhos então logo ao fundo
Restando muito pouco dos milhares que tiveram
Mortos pela mesma ferida que assassinou o pai
O caixão estar para ser lacrado
Relutando com pouco gás, está o pobre anfitrião
Rompendo com um tenebroso grito o ar da sala
Estão descendo o caixão na horrenda cova
Um minuto de silêncio enquanto fecham à sepultura.

Ciro Rafael, 31 de maio de 2009.

(Nota do Autor: Bom post n° 100 já passou, por isso vamos adiante retrocedendo um pouco ao passado, este é mais um poema antigo meu que eu gosto bastante, pequeno, simples e direto, um belo poema com toda certeza, e se prestarem a atenção caros leitores vocês saberão quem é o "ilustre defunto", vez que o poema diz o seu nome, uma pequena dica é um acróstico, um grande beijo e se gostarem comentem, se não comentem também, isso é pra você LARA.)

P.S.: Eu ia até mudar a música, porém eu goosto demais dela, então, pelo menos por enquanto, ela ainda vai continuar, eheheheh.