Debaixo de nossos lençóis
Não existe culpa nem pecado
Ou mesmo crimes para nos condenar
Nem as rígidas regras da física
Possuem poder entre essas paredes
Quando estamos inteiramente a sós
O insistente tempo passa
Pelas ruas, avenidas e praças
Mas neste quarto ele nunca passará
Sinta meu toque
Meu suor
Meu êxtase
Minha respiração
Nada mais tem forma
Não escuto mais nem a mim mesmo
Tenho vontade de gritar
Está confuso em minha volta
É tudo púrpura e rosa
Envolva-me bem forte
Continue dançando comigo
Eu juro que não irá acabar
Beije-me agora
Pois a eternidade nos espera
E prometo que vou te acompanhar.

Ciro Rafael, 09 de fevereiro de 2010.