Rege no esplendor da aurora
A irredutível mola mestra do tempo
Trazendo-me uma nova safra de velhas sensações já vidas
Apenas transfiguradas em uma nova pintura
O tinteiro e o papiro me esperam
Cavaleiros a postos por novas lamúrias
Expondo suas pobres expressões mudas
Que pacientes esperam pela sua tardia compreensão
Tenho costas visivelmente arqueadas
Pela grande carga que o viajante transporta
Abarrotada por suas fúcsias e estigmas
Em número suficiente para abalar a fé
Forte somente é a crença na inflexível expiação
E que ela tem uma judiciosa réplica
Porém sou estúpido e ainda creio no amor
Depositando todas as fichas neste azarado alazão
O mistério inquieto repousa
Perdido por entre as brumas da caixa de pandora
Esperando pela chave que guardo no peito
Para finalmente poder se relevar.
Ciro Rafael, 08 de setembro de 2009.
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