Rica mina do veio dourado
Banha-me em tua fonte de riqueza e mistério
Deleita-me com o que por fora escorre
E puna-me com o que por dentro apodrece
Espelha o atributo da pura infância
E revela o que de fato tivera
Trazendo a tona o que achava que possuía
Branda calmaria que de longe me acena
Porque ainda zombas de cara?
Desperta em mim a profunda inveja
Que insistentemente maltrata
A mimada criança perdida
Por isso dê-me veio amado
Elucida este grande mistério
E presenteia-me com a riqueza
Que a muito espero.

Ciro Rafael, 13 de março de 2010.