De que adianta meu diploma
E minha tosca filosofia
Se toda vez que me olhas
Eu ajo como um tolo

De que adianta minhas prosas e poesias
E saber de co todo o dicionário
Se toda vez que me tocas
Fico completamente sem palavras

De que adianta minha experiência
E toda minha sabedoria
Se toda vez que me beijas
Sinto-me como um menino

De que adianta meus músculos
E toda minha valentia
Se todas as vezes que me deixas
Tremo de tanto medo

De que adianta minha dureza
E todo meu bravejar
Se toda vez que me machucas
Choro como um recém-nascido

De que adianta minha luta
E toda minha resistência
Se quanto mais eu finjo
Mais eu te amo.

Ciro Rafael, 05 de outubro de 2009.