Não mais resistirei
A doce tentação que me encanta
Entregando-me por inteiro
À única que tanto me quer
Abraço bem forte
A escuridão que dentro reside
Deixando para trás tudo que me faça lembrar
Aqui morre minha alma
Pois dela não mais preciso
Tal estorvo só me atrapalharia
Diante da grande missão que tenho à desempenhar
Apartir de agora serei o Anjo Negro
O instrumento do apocalipse
O destruidor de tudo que vive
A própria Morte
E começarei por ti, meu caro devedor
Hoje serei teu juiz e carrasco
E tua senteça já foi tomada
Quardes o que me deves
Vez que ao barqueiro terás que pagar
E em frente ao Cerberus
Face a Face com Belzebu
Pronuncie em voz alta que eu te enviei
E muitos ainda irão chegar
Que ele tenha pena de tua alma
Porque eu não terei
Adeus.
(Silêncio)

Ciro Rafael, 16 de junho de 2010.