Vivo em eterno martírio
Mas por mais insano que pareça
Amo o meu sofrer
Já que por mais doloroso que seja
Maior tortura de fato seria
O ato de não te querer

Sou louco por teus lábios
E a forma que foge dos meus
Sou fascinado por tuas mãos
E como meus dedos entrelaçam aos seus
Sou fã de teu sorriso
E teu rosto que tudo ilumina
Desejo teu corpo de mulher
Mais ainda teu doce olhar de menina

Seria obsessão ou um vício
Não consigo parar de querer
Pois minha razão pediu a minha fuga
Mas o peito roga por te ter
Então me lanço às feras
Sem mais nada a temer
Já que não ter-me comigo
É pior que morrer.

Ciro Rafael ∴, 23 de novembro de 2010.