Minha luz
Roubaram minha luz
Findando sua doce existência
Como num soprar a uma vela
Apagou toda cor de meu mundo
Não mais reconheço a beleza da rosa
Nem sinto o seu delicado perfume
Já que sem a luz que guiava meu caminho
Não sou nada além de uma casca vazia
Um jarro sem flor

Então do que me importa a vida?
O eterno caminhar entre os dias
Se nem ao menos pareço estar aqui
Meramente existo
Parando por este conto falido
Chamado por muitos de viver

Não se preocupe
Não empunharei minha espada contra mim
Não me vejo na via dos desesperados
Não sei se por falta de coragem
Ou se já a possuo em excesso
Para adiantar o gran finale de minha obra

Mas como haveria um palco
Até mesmo um picadeiro
Sem a luz para iluminar o ator?
E assim como não há perfume sem rosa
Não há espetáculo sem ator
Mas não há ator sem luz
Sem luz não sou nada
Mesmo que ainda transpire por aqui.

Ciro Rafael .'., 31 de agosto de 2010;

(Eu escrevi esse aí eu tava meio bêbado, não tava raciociando direito, mas isso não tira a culpa de ser uma merda de poema, eu sinceramente acho que não consigo mais escrever um que preste)